A Bíblia oculta
Para quem acha que o Deus da Bíblia é um Deus de amor, de paz e de caridade. Não, não é e nem nunca foi.
A mudança de tratamento do Brasil PSDB X PT
FHC desceu as calças, puxou o saco e tomou esporro. Adiantou nada seguir a cartilha. |
(Tive que infelizmente usar a imagem da Globo para que não reste dúvida aos trolls globalizados)
Mas quanta diferença hein minha gente...
A Onda, o filme
Filme baseado em fatos reais |
Feito para a televisão, ‘A onda’ [The wave], foi baseado em um incidente real ocorrido em uma escola secundária norte-americana em 1967, em Palo Alto, Califórnia. Antes de virar filme, foi romanceado em livro. A idéia do filme, com 45 minutos, era para fazer parte do currículo da escola, para estudar, refletir e se prevenir contra a onda nazi-fascista que começou no final da década de 30. Com a derrota do nazi-fascismo na 2ª. Guerra Mundial e o surgimento da ‘guerra fria’, filmes assim, podem funcionar como alerta contra pregações doutrinárias que fazem apologia aos totalitarismos de direita ou de esquerda[2]. Muitas vezes, o doutrinamento pró-totalitarismo ocorre no âmbito universitário, como se fosse ensino ‘científico’, onde a democracia é considerada uma má invenção ‘burguesa’ e a política uma prática a ser superada por um ‘novo’ sistema desenhado pelo abstracionismo teórico. Leia mais...
Se sua internet é lenta, assista ao filme em episódios, clicando AQUI
Vacina contra H1N1: o quanto somos manipulados ?
Se fomos e somos manipulados assim por uma gripe, por que não seríamos manipulados em todo o resto ?
A gripe suina, tanto quanto a vacina não são novas. Já foi testada e trouxe muitos problemas à saúde.
A Globo diz que é boato.
Mas temos nossos cientistas, jornalistas e politicos esclarecidos.
A gripe suina, tanto quanto a vacina não são novas. Já foi testada e trouxe muitos problemas à saúde.
A Globo diz que é boato.
Mas temos nossos cientistas, jornalistas e politicos esclarecidos.
A História Sionista-Documentário
Em termos de racismo, não há diferenças entre o apartheid na África do Sul e o sionismo de Israel. |
Grupos ativistas em qualquer lugar, de qualquer credo ou sem credo, que se mobiliza pela justiça e pela paz, devm se fazer algumas pergunatas incômodas, sobre o quão eficazes eles realmente têm sido.E mais especificamente, o que devem fazer para ser mais eficazes ? Em meu entender, há duas realidades políticas que encarar. A primeira é que o sionismo não está interessado, e nunca esteve interessado em ter a paz em nenhuma condição, a que a maioria dos palestinos e a maioria dos muçulmanos deseja.
A segunda é que os governos dos principais países ocidentais nunca, jamais vão usar os instrumentos de que dispõem para chamar a atenção do Estado sionista e responsabilizá-lo por seus crimes, a menos que sejam forçados a fazer isto pela opinião pública informal. Através de manifestações de democracia e ação. Enquanto estou aqui nesta plataforma, em novembro de 2006, e acho que vale a pena repetir, os problemas que afligem o grosso do mundo judeu-cristão é que os cidadãos das nações, falando em geral, estão muito desinformados devido a manipulação. Na verdade, eles não estão apenas pouco informados, eles estão mal informados. Condicionados, poderíamos até dizer, com o cérebro lavado, para aceitar a versão da história, como já foi mencionado, que simplesmente não é verdadeira. E isso acontece em grande parte, porque a mídia mais poderosa, assim como quase todos os políticos, ficam aterrorizados em ofender o sionismo.
Famílias escurraçadas em Ribeirão Preto, continuam ao relento
A prefeita do PSDBBrasil de Fato - Após despejo violento, as cerca de mil pessoas estão acampadas em outro terreno na cidade.
As 150 famílias desalojadas em uma reintegração de posse em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, aguardam decisão da Justiça por atendimento habitacional. Desde a última semana, após serem retiradas da área conhecida como Favela da Família, as cerca de mil pessoas estão acampadas em um outro terreno da região. A Defensoria Pública de São Paulo entrou com ação civil pública solicitando à Prefeitura que adote providências quanto aos desabrigados.
Para o defensor público Aluísio Ruggeri Ré, a Prefeitura continua omissa diante da situação.
"A Defensoria julga que o município de Ribeirão Preto foi sobremodo omisso quanto ao acolhimento dessas famílias. Principalmente diante da iminência da reintegração de posse".
Ruggeri alega que a carência material das famílias é grave e que agora elas se encontram ao relento.
"No mínimo, eles [a Prefeitura] teriam que ter organizado uma forma de receber essas famílias, que em geral não têm familiares na cidade. São pessoas que vêm do Nordeste [do Brasil] para trabalhar no corte de cana. Não há qualquer suporte social a essas famílias".
A Defensoria pede que em 24h o município acolha os desalojados em uma escola pública e que forneça infraestrutura básica por um prazo de 30 dias. Após isso, a Prefeitura terá que alugar um local adequado para as famílias ou fornecer auxílio aluguel, até que elas sejam incluídas no programa habitacional da cidade para receberem moradias.
As denúncias de excesso de violência pela polícia e perdas de bens materiais dos moradores serão analisadas pela Defensoria.
IstoÉ associa o lenço palestino ao movimento neonazista
O keffiyeh, símbolo sagrado da resistência palestina contra o governo sionista de Israel, é jogado na lata de lixo pela revista IstoÉ ao vincula-lo ao movimento neonazista.Clique AQUI e veja a reporcagem
Yasser Arafat adotou o "lenço" como símbolo da resistência do povo palestino |
Leis xenófabas no EUA
Esquerda.Net
Com as novas legislações anti-imigração aprovadas em Junho no Alabama, na Carolina do Sul e na Geórgia, foi instaurado no sul dos EUA uma versão século XXI das chamadas Leis de Jim Crow, que vigoraram entre 1876 e 1965, institucionalizando a segregação racial na região. Só que agora o alvo dos legisladores – em sua maioria republicanos – não são os negros, e sim a população de origem hispânica. Quem estabelece o paralelo histórico é a pedagoga Maureen Costello, uma das mais respeitadas especialistas em reforma educacional dos EUA, directora do projeto Ensinando Tolerância, do Southern Poverty Law Center, referência na luta pelos direitos civis de grupos minoritários desde sua criação, em 1971.
“Ao dificultar a contratação, o transporte e até mesmo qualquer ajuda humanitária a imigrantes não-documentados, a lei aprovada no Alabama já é um horror para os adultos. Mas o desastre é ainda maior para crianças, já que ela determina que as escolas chequem o status migratório de cada aluno, eliminando, na prática, a diferença entre educadores e oficiais da Imigração. Já há pais questionando se devem ou não matricular seus filhos nas escolas em setembro, quando o novo ano letivo começar por aqui”, denunciou Costello, em artigo no site liberal The Huffington Post reproduzido em jornais dos quatro cantos dos EUA.
Na primeira semana de julho, o governador republicano Robert Bentley comemorou a passagem da lei H.B. 56 pedindo ao responsável pelo cargo semelhante ao de Secretário de Educação de um estado brasileiro a desenvolver uma cartilha para diretores das escolas públicas, obrigados a partir de setembro a informar ao governo sobre a situação legal de todas as crianças matriculadas, entre 5 e 17 anos.
Leis similares – embora sem o ataque ao ensino fundamental, cuja universalidade é garantida pela Constituição americana – foram aprovadas na Carolina do Sul e na Geórgia, no que o New York Times, em irado editorial publicado na segunda-feira 4, qualificou de “tentativa de maquinar uma expulsão em massa dos não-documentados, passando por cima da Carta Magna, da segurança do público, das economias locais e das famílias do imigrantes”. São leis, segue o editorial, que, apesar das diferenças regionais, têm um mesmo propósito: tornar impossível a vida nos EUA de cidadãos sem documentação legal.
As leis dos três estados foram inspiradas na polémica S.B. 1070, aprovada no ano passado e considerada até então a mais dura peça legal aprovada nos EUA contra imigrantes não-documentados. A partir de Abril de 2010, a polícia estadual do estado do sudoeste americano teria o poder de prender qualquer cidadão maior de 14 anos que esteja em público sem documentos provando estar no país de forma legal. A lei, defendida pela maioria republicana no legislativo estadual, foi duramente criticada pelos democratas, que a consideraram de cunho racista.
O governo Obama iniciou uma batalha judicial e impediu, em carácter provisório, que a lei entrasse em vigor. Mas a vitória conservadora nas eleições de meio-termo, no ano passado, levou para o legislativo de vários estados sulistas parlamentares eleitos com a promessa de apertar o cerco contra os imigrantes não-documentados, estimados em 12 milhões nos EUA. A argumentação da direita, contrária a qualquer projeto envolvendo amnistia ou a chamada reforma do sistema de imigração, é a de que o fluxo de imigrantes não-documentados aumentou tremendamente o arrocho sobre trabalhadores norte-americanos menos qualificados, reduzindo tanto o mercado quanto o valor de seu trabalho.
Diminui o número de entrada de hispânicos nos Estados Unidos
Curiosamente, as leis restritivas a imigrantes não-documentados se multiplicam no exacto momento em que se regista uma redução significativa no número de latino-americanos entrando nos EUA ilegalmente, algo inédito nos últimos trinta anos. De acordo com o Mexican Migration Project (MMP) da Universidade de Princeton, o interesse de mexicanos em entrar ilegalmente nos EUA é o menor desde 1950.
“Ninguém quer ouvir, mas a onda de migração ilegal para os EUA já acabou. Pela primeira vez em seis décadas estamos percebendo um nível zero de tráfego de imigrantes, podendo mesmo haver uma reversão”, afirmou esta semana o director do MMP, Douglas S. Massey, em entrevista ao New York Times. Um dos reflexos do refluxo foi a descoberta do governo mexicano, no censo de 2010, de 4 milhões de pessoas vivendo no país a mais do que o esperado. De acordo com estimativas de Washington, quase 60% dos imigrantes não documentados nos EUA são oriundos do México. Mas o Pew Hispanic Center também aponta para uma diminuição drástica da entrada de imigrantes não-documentados do México: entre 2000 e 2004, o centro de estudos estima que 525 mil mexicanos cruzaram a fronteira ilegalmente a cada ano. No ano passado, este número não passou de 100 mil.
Especialistas apontam ao menos uma causa em comum tanto para o arrefecimento do sentimento xenófobo em estados tradicionalmente mais conservadores, como Alabama, Geórgia e Carolina do Sul, quanto para a diminuição dó tráfego de imigrantes não-documentados em direção aos EUA: a crise financeira global, que atingiu a maior economia do planeta de forma mais intensa do que os países latino-americanos, inclusive o México.
Em artigo inspirado na “Newsweek” desta semana o cientista político e colunista Michael Tomasky lembra que não há como Barack Obama se reeleger no ano que vem sem uma votação maciça dos eleitores de origem hispânica, um contingente que deu 67% dos votos para o democrata em 2008. Mas é justamente a falta de vontade política demonstrada por Washington para iniciar uma reforma do sistema de imigração que, de acordo com Olívia Mendoza, directora-executiva do Colorado Latino Forum, se traduz numa apatia nos bolsões hispânicos frente à campanha presidencial de 2012. Há, ela diz, uma sensação geral de insatisfação.
Os grupos Latino Decisions e impreMedia apresentaram no dia 13 uma pesquisa em que mostram uma imensa maioria de eleitores hispânicos rejeitando a deportação de imigrantes não-documentados sem atividade criminosa, incluindo estudantes, que vêm sendo deportados por conta do programa “Comunidade Seguras”, a menina dos olhos da área na actual administração. Dos entrevistados, 49% afirmam que votarão com certeza no democrata, mas Obama precisa aumenta este número se quiser conquistar novamente estados importantes como Flórida, Colorado, Carolina do Norte e Nevada.
No mês passado, Obama viajou para a fronteira com o México para celebrar seus números relacionados à imigração, que incluem 800.000 deportações. Mas figuras destacadas do Partido Democrata já se recusam a apoiar o “ Comunidades Seguras”. O governador do Illinois, berço político de Obama, o liberal Pat Quinn, anunciou em Maio que estava “interrompendo imediatamente” a cooperação com o programa, por dar poder à polícia local para enfrentar “estrangeiros criminosos”, hoje atribuição exclusiva das forças federais.
Quinn enviou uma carta para a Immigration and Customs Enforcement lembrando que menos de 20% dos indivíduos deportados anualmente pelo “Comunidades Seguras”, no estados em que já funciona de modo experimental, foram condenados por crimes sérios, e que 30% dos não-documentados expulsos do país por conta do programa sequer cometeram outra infração que não a da permanência ilegal no país, trabalhando sem permissão do governo.
Em Junho foi a vez de Andrew Cuomo, de Nova York, suspender o programa no estado mais importante da Costa Leste, por conta do “impacto danoso nas famílias, nas comunidades de imigrantes e na própria autoridade dos polícias”. E na semana passada, outro democrata, o negro Derval Patrick, governador de Massachusetts, pulou fora do barco de Washington afirmando que o programa “compromete a informação sobre actividades criminosas, particularmente relacionadas à violência doméstica”, com mulheres receando levar à polícia casos como agressões e furtos que levariam à deportação da família. Mais directa, a líder do Partido Democrata na câmara baixa do Congresso, Nancy Pelosi, disse que “o programa é um desperdício do dinheiro do contribuinte”. Tomasky pontua o argumento mais forte de Obama hoje para atrair o voto hispânico: o de que será muito pior para eles, alvos preferenciais de um novo Jim Crow, uma vitória republicana: “Isso é verdade, e o medo pode ser um belo motivador em política. Mas não é o que as pessoas estavam esperando e hoje parece claro que uma boa percentagem de possíveis eleitores democratas ficará em casa em Novembro de 2012. O tamanho deste número fará a diferença entre reeleição e aposentadoria para Obama”.
Com as novas legislações anti-imigração aprovadas em Junho no Alabama, na Carolina do Sul e na Geórgia, foi instaurado no sul dos EUA uma versão século XXI das chamadas Leis de Jim Crow, que vigoraram entre 1876 e 1965, institucionalizando a segregação racial na região. Só que agora o alvo dos legisladores – em sua maioria republicanos – não são os negros, e sim a população de origem hispânica. Quem estabelece o paralelo histórico é a pedagoga Maureen Costello, uma das mais respeitadas especialistas em reforma educacional dos EUA, directora do projeto Ensinando Tolerância, do Southern Poverty Law Center, referência na luta pelos direitos civis de grupos minoritários desde sua criação, em 1971.
“Ao dificultar a contratação, o transporte e até mesmo qualquer ajuda humanitária a imigrantes não-documentados, a lei aprovada no Alabama já é um horror para os adultos. Mas o desastre é ainda maior para crianças, já que ela determina que as escolas chequem o status migratório de cada aluno, eliminando, na prática, a diferença entre educadores e oficiais da Imigração. Já há pais questionando se devem ou não matricular seus filhos nas escolas em setembro, quando o novo ano letivo começar por aqui”, denunciou Costello, em artigo no site liberal The Huffington Post reproduzido em jornais dos quatro cantos dos EUA.
Na primeira semana de julho, o governador republicano Robert Bentley comemorou a passagem da lei H.B. 56 pedindo ao responsável pelo cargo semelhante ao de Secretário de Educação de um estado brasileiro a desenvolver uma cartilha para diretores das escolas públicas, obrigados a partir de setembro a informar ao governo sobre a situação legal de todas as crianças matriculadas, entre 5 e 17 anos.
Leis similares – embora sem o ataque ao ensino fundamental, cuja universalidade é garantida pela Constituição americana – foram aprovadas na Carolina do Sul e na Geórgia, no que o New York Times, em irado editorial publicado na segunda-feira 4, qualificou de “tentativa de maquinar uma expulsão em massa dos não-documentados, passando por cima da Carta Magna, da segurança do público, das economias locais e das famílias do imigrantes”. São leis, segue o editorial, que, apesar das diferenças regionais, têm um mesmo propósito: tornar impossível a vida nos EUA de cidadãos sem documentação legal.
As leis dos três estados foram inspiradas na polémica S.B. 1070, aprovada no ano passado e considerada até então a mais dura peça legal aprovada nos EUA contra imigrantes não-documentados. A partir de Abril de 2010, a polícia estadual do estado do sudoeste americano teria o poder de prender qualquer cidadão maior de 14 anos que esteja em público sem documentos provando estar no país de forma legal. A lei, defendida pela maioria republicana no legislativo estadual, foi duramente criticada pelos democratas, que a consideraram de cunho racista.
O governo Obama iniciou uma batalha judicial e impediu, em carácter provisório, que a lei entrasse em vigor. Mas a vitória conservadora nas eleições de meio-termo, no ano passado, levou para o legislativo de vários estados sulistas parlamentares eleitos com a promessa de apertar o cerco contra os imigrantes não-documentados, estimados em 12 milhões nos EUA. A argumentação da direita, contrária a qualquer projeto envolvendo amnistia ou a chamada reforma do sistema de imigração, é a de que o fluxo de imigrantes não-documentados aumentou tremendamente o arrocho sobre trabalhadores norte-americanos menos qualificados, reduzindo tanto o mercado quanto o valor de seu trabalho.
Diminui o número de entrada de hispânicos nos Estados Unidos
Curiosamente, as leis restritivas a imigrantes não-documentados se multiplicam no exacto momento em que se regista uma redução significativa no número de latino-americanos entrando nos EUA ilegalmente, algo inédito nos últimos trinta anos. De acordo com o Mexican Migration Project (MMP) da Universidade de Princeton, o interesse de mexicanos em entrar ilegalmente nos EUA é o menor desde 1950.
“Ninguém quer ouvir, mas a onda de migração ilegal para os EUA já acabou. Pela primeira vez em seis décadas estamos percebendo um nível zero de tráfego de imigrantes, podendo mesmo haver uma reversão”, afirmou esta semana o director do MMP, Douglas S. Massey, em entrevista ao New York Times. Um dos reflexos do refluxo foi a descoberta do governo mexicano, no censo de 2010, de 4 milhões de pessoas vivendo no país a mais do que o esperado. De acordo com estimativas de Washington, quase 60% dos imigrantes não documentados nos EUA são oriundos do México. Mas o Pew Hispanic Center também aponta para uma diminuição drástica da entrada de imigrantes não-documentados do México: entre 2000 e 2004, o centro de estudos estima que 525 mil mexicanos cruzaram a fronteira ilegalmente a cada ano. No ano passado, este número não passou de 100 mil.
Especialistas apontam ao menos uma causa em comum tanto para o arrefecimento do sentimento xenófobo em estados tradicionalmente mais conservadores, como Alabama, Geórgia e Carolina do Sul, quanto para a diminuição dó tráfego de imigrantes não-documentados em direção aos EUA: a crise financeira global, que atingiu a maior economia do planeta de forma mais intensa do que os países latino-americanos, inclusive o México.
Em artigo inspirado na “Newsweek” desta semana o cientista político e colunista Michael Tomasky lembra que não há como Barack Obama se reeleger no ano que vem sem uma votação maciça dos eleitores de origem hispânica, um contingente que deu 67% dos votos para o democrata em 2008. Mas é justamente a falta de vontade política demonstrada por Washington para iniciar uma reforma do sistema de imigração que, de acordo com Olívia Mendoza, directora-executiva do Colorado Latino Forum, se traduz numa apatia nos bolsões hispânicos frente à campanha presidencial de 2012. Há, ela diz, uma sensação geral de insatisfação.
Os grupos Latino Decisions e impreMedia apresentaram no dia 13 uma pesquisa em que mostram uma imensa maioria de eleitores hispânicos rejeitando a deportação de imigrantes não-documentados sem atividade criminosa, incluindo estudantes, que vêm sendo deportados por conta do programa “Comunidade Seguras”, a menina dos olhos da área na actual administração. Dos entrevistados, 49% afirmam que votarão com certeza no democrata, mas Obama precisa aumenta este número se quiser conquistar novamente estados importantes como Flórida, Colorado, Carolina do Norte e Nevada.
No mês passado, Obama viajou para a fronteira com o México para celebrar seus números relacionados à imigração, que incluem 800.000 deportações. Mas figuras destacadas do Partido Democrata já se recusam a apoiar o “ Comunidades Seguras”. O governador do Illinois, berço político de Obama, o liberal Pat Quinn, anunciou em Maio que estava “interrompendo imediatamente” a cooperação com o programa, por dar poder à polícia local para enfrentar “estrangeiros criminosos”, hoje atribuição exclusiva das forças federais.
Quinn enviou uma carta para a Immigration and Customs Enforcement lembrando que menos de 20% dos indivíduos deportados anualmente pelo “Comunidades Seguras”, no estados em que já funciona de modo experimental, foram condenados por crimes sérios, e que 30% dos não-documentados expulsos do país por conta do programa sequer cometeram outra infração que não a da permanência ilegal no país, trabalhando sem permissão do governo.
Em Junho foi a vez de Andrew Cuomo, de Nova York, suspender o programa no estado mais importante da Costa Leste, por conta do “impacto danoso nas famílias, nas comunidades de imigrantes e na própria autoridade dos polícias”. E na semana passada, outro democrata, o negro Derval Patrick, governador de Massachusetts, pulou fora do barco de Washington afirmando que o programa “compromete a informação sobre actividades criminosas, particularmente relacionadas à violência doméstica”, com mulheres receando levar à polícia casos como agressões e furtos que levariam à deportação da família. Mais directa, a líder do Partido Democrata na câmara baixa do Congresso, Nancy Pelosi, disse que “o programa é um desperdício do dinheiro do contribuinte”. Tomasky pontua o argumento mais forte de Obama hoje para atrair o voto hispânico: o de que será muito pior para eles, alvos preferenciais de um novo Jim Crow, uma vitória republicana: “Isso é verdade, e o medo pode ser um belo motivador em política. Mas não é o que as pessoas estavam esperando e hoje parece claro que uma boa percentagem de possíveis eleitores democratas ficará em casa em Novembro de 2012. O tamanho deste número fará a diferença entre reeleição e aposentadoria para Obama”.
Jornalista da Globo responsabiliza a empresa pela morte de Tim Lopes
A jornalista Cristina Guimarães, vencedora do Prêmio Esso em 2001 junto com Tim Lopes pela série 'Feira das drogas', afirmou que a Rede Globo, empregadora de ambos na época das reportagens, não ofereceu proteção a ela e ao colega, e que o repórter poderia estar vivo se a emissora tivesse dado atenção às ameaças recebidas. "Se dependesse da TV Globo, eu estaria morta", disse. Tim Lopes foi morto por traficantes em junho de 2002 durante uma reportagem sobre bailes funk no Rio de Janeiro.
De volta ao Brasil após passar oito anos se escondendo de traficantes da Rocinha, que ameaçavam matá-la depois de reportagem veiculada no Jornal Nacional, ela conta em livro como a TV Globo lhe virou as costas na hora de oferecer segurança. "Os traficantes da Rocinha ofereciam R$ 20 mil pela minha cabeça. Pedi ajuda à TV Globo e fui ignorada."
De acordo com Cristina, sete meses antes de Tim ser morto por traficantes do Complexo do Alemão, ela entrou com uma ação judicial de rescisão indireta, na qual reclamava da falta de segurança para jornalistas da emissora. As denúncias integram um livro escrito por ela e que deve ser lançado nos Estados Unidos no início do próximo ano. A obra, segundo a jornalista e publicitária, também deve virar filme.
"Não dava para escrever meu livro no Brasil. Aqui a Globo ainda tem uma influência muito forte e a obra poderia ser abafada de alguma maneira. Com o apoio do governo americano, fica mais fácil lançar nos EUA", disse.
As ameaças
Cristina conta que após o colega Tim Lopes levar à emissora o material da feira de drogas ao ar livre na favela da Grota, no Complexo do Alemão, a chefia pediu a ela para fazer mais imagens de outros lugares. Ela foi à Rocinha e à Mangueira repetidas vezes, mas os problemas, disse, começaram um mês depois da exibição da série. "Começaram a me telefonar de um orelhão que fica dentro da favela da Rocinha me chamando de 'Dona Ferrada' e dizendo que me pegariam. Diziam também que eu não escaparia, era questão de tempo. Diante das constantes ligações, conversei com a chefia do JN e pedi proteção. Fui ignorada."
Segundo ela, os bandidos teriam sequestrado e espancado um produtor do programa Esporte Espetacular, na tentativa de chegar aos autores da série de reportagens. "O que me assustou foi que a TV Globo não me falou nada." Cristina soube pelo caso por um jornal, e concluiu que a emissora não faria nada para protegê-la. "A Globo não quis saber se eu corria risco de vida. Os meus chefes diziam que as ameaças que eu recebia por telefone eram coisas da minha cabeça", disse.
Ao cobrir o caso de um garoto preso na Rocinha suspeito de pagar propina a um coronel, ela ouviu do suspeito "É, tia! Eu tô ferrado, mas tu também tá. Tá todo mundo atrás de você lá na Rocinha. Tua cabeça tá valendo R$ 20 mil". "Naquele momento, tomei a dimensão da situação em que eu me encontrava."
Cristina entrou com uma ação judicial no Ministério do Trabalho e seu vínculo com a emissora acabou, mas ela não se importa. "Não me arrependo de ter largado a Globo para trás. A minha vida vale muito mais do que R$ 3.100, que era o meu salário em 2001." Ela acredita que se tivesse continuado a produzir matérias, estaria morta "há muito tempo".
A jornalista afirmou ainda que, "sem dúvida nenhuma", a morte de Tim Lopes poderia ter sido evitada pela emissora. "Eu falei sobre os riscos que estávamos correndo sete meses antes de os traficantes do Alemão matarem o Tim Lopes. Eu implorei por atenção a estas ameaças e o que fez a TV Globo? Ignorou tudo."
Jornal do Brasil
De volta ao Brasil após passar oito anos se escondendo de traficantes da Rocinha, que ameaçavam matá-la depois de reportagem veiculada no Jornal Nacional, ela conta em livro como a TV Globo lhe virou as costas na hora de oferecer segurança. "Os traficantes da Rocinha ofereciam R$ 20 mil pela minha cabeça. Pedi ajuda à TV Globo e fui ignorada."
De acordo com Cristina, sete meses antes de Tim ser morto por traficantes do Complexo do Alemão, ela entrou com uma ação judicial de rescisão indireta, na qual reclamava da falta de segurança para jornalistas da emissora. As denúncias integram um livro escrito por ela e que deve ser lançado nos Estados Unidos no início do próximo ano. A obra, segundo a jornalista e publicitária, também deve virar filme.
"Não dava para escrever meu livro no Brasil. Aqui a Globo ainda tem uma influência muito forte e a obra poderia ser abafada de alguma maneira. Com o apoio do governo americano, fica mais fácil lançar nos EUA", disse.
As ameaças
Cristina conta que após o colega Tim Lopes levar à emissora o material da feira de drogas ao ar livre na favela da Grota, no Complexo do Alemão, a chefia pediu a ela para fazer mais imagens de outros lugares. Ela foi à Rocinha e à Mangueira repetidas vezes, mas os problemas, disse, começaram um mês depois da exibição da série. "Começaram a me telefonar de um orelhão que fica dentro da favela da Rocinha me chamando de 'Dona Ferrada' e dizendo que me pegariam. Diziam também que eu não escaparia, era questão de tempo. Diante das constantes ligações, conversei com a chefia do JN e pedi proteção. Fui ignorada."
Segundo ela, os bandidos teriam sequestrado e espancado um produtor do programa Esporte Espetacular, na tentativa de chegar aos autores da série de reportagens. "O que me assustou foi que a TV Globo não me falou nada." Cristina soube pelo caso por um jornal, e concluiu que a emissora não faria nada para protegê-la. "A Globo não quis saber se eu corria risco de vida. Os meus chefes diziam que as ameaças que eu recebia por telefone eram coisas da minha cabeça", disse.
Ao cobrir o caso de um garoto preso na Rocinha suspeito de pagar propina a um coronel, ela ouviu do suspeito "É, tia! Eu tô ferrado, mas tu também tá. Tá todo mundo atrás de você lá na Rocinha. Tua cabeça tá valendo R$ 20 mil". "Naquele momento, tomei a dimensão da situação em que eu me encontrava."
Cristina entrou com uma ação judicial no Ministério do Trabalho e seu vínculo com a emissora acabou, mas ela não se importa. "Não me arrependo de ter largado a Globo para trás. A minha vida vale muito mais do que R$ 3.100, que era o meu salário em 2001." Ela acredita que se tivesse continuado a produzir matérias, estaria morta "há muito tempo".
A jornalista afirmou ainda que, "sem dúvida nenhuma", a morte de Tim Lopes poderia ter sido evitada pela emissora. "Eu falei sobre os riscos que estávamos correndo sete meses antes de os traficantes do Alemão matarem o Tim Lopes. Eu implorei por atenção a estas ameaças e o que fez a TV Globo? Ignorou tudo."
Jornal do Brasil
Marcha por Estado laico, em São Paulo dia 21 de agosto
O Brasil é um Estado Laico, isso é, um Estado sem religião oficial, que não prega nenhuma religião, sendo esta de livre escolha de seus cidadãos. O termo laico remete-nos, obrigatoriamente, à idéia de neutralidade, indiferença.
O grande problema é que recentemente a religião tem interferido na política e em outras areas de uma forma assustadora. Recentemente o juíz de Goiás Jeronymo Pedro Villas Boas anulou uma união estável entre pessoas do mesmo sexo e disse que “agiu por deus”. Outro caso que chama a atenção também é um projeto de Lei criado pelo prefeito Eduardo Paes no qual torna o ensino religioso algo obrigatório em cerca de 1.063 escolas municipais da cidade do Rio de Janeiro, o que poderia fazer alunos de religiões minoritárias serem discriminados, já que possivelmente só iriam ministrar aulas de cristianismo.
Discussões sobre aborto, liberdade religiosa, união civil entre pessoas do mesmo sexo, descriminalização da maconha e etc deveriam, dentro desse contexto de laicidade, ser discutidos sem a argumentação embasada em escrituras religiosas.
Por isso convocamos pessoas de todas as religiões a manifestar o nosso desejo de um Estado Laico de fato. Judeus, Budistas, Umbandistas, Católicos, Evangélicos, Espíritas e pessoas de todas as outras religiões estão convocados, assim como ateus, agnósticos a marchar por um Brasil Laico de fato.
Quando?
Domingo, 21 de agosto · 14:00 – 17:00
Local:
Concentração no MASP
Avenida Paulista
Evento no Facebook.
Dilma cria programa para tirar 16 milhões da pobreza
Quarta-feira, 06 de julho de 2011
Olá ,
A presidenta Dilma Rousseff sancionou hoje, no Palácio do Planalto, o projeto de lei que determina a organização da assistência social e consolida o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). É um importante passo para o plano Brasil sem Miséria, que pretende tirar 16 milhões de pessoas da pobreza extrema.
O SUAS garante o direito à assistência e proteção às famílias e pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social. O sistema tem adesão de 99,5% dos municípios.
Com coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e gestão dos municípios, Estados e Distrito Federal, o SUAS foi criado em 15 de julho de 2005 e receberá fiscalização dos conselhos de assistência social, integrados por representantes dos governos e sociedade civil.
Visita a Rondônia
Ontem, a presidenta Dilma concedeu entrevistas a emissoras de rádio em Rondônia e afirmou que o governo federal manterá um pacote de obras para o estado. Ela esteve no canteiro de obras da hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira.
Dilma destacou a importância do estado como sendo “uma fronteira agrícola com maior potencial de desenvolvimento do Brasil” e assinalou os investimentos de R$ 554 milhões para obras de saneamento e tratamento de água e esgotos na capital rondoniense.
Olá ,
A presidenta Dilma Rousseff sancionou hoje, no Palácio do Planalto, o projeto de lei que determina a organização da assistência social e consolida o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). É um importante passo para o plano Brasil sem Miséria, que pretende tirar 16 milhões de pessoas da pobreza extrema.
O SUAS garante o direito à assistência e proteção às famílias e pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social. O sistema tem adesão de 99,5% dos municípios.
Com coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e gestão dos municípios, Estados e Distrito Federal, o SUAS foi criado em 15 de julho de 2005 e receberá fiscalização dos conselhos de assistência social, integrados por representantes dos governos e sociedade civil.
Visita a Rondônia
Ontem, a presidenta Dilma concedeu entrevistas a emissoras de rádio em Rondônia e afirmou que o governo federal manterá um pacote de obras para o estado. Ela esteve no canteiro de obras da hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira.
Dilma destacou a importância do estado como sendo “uma fronteira agrícola com maior potencial de desenvolvimento do Brasil” e assinalou os investimentos de R$ 554 milhões para obras de saneamento e tratamento de água e esgotos na capital rondoniense.
Uma carta de Anonymous
“Em uma recente publicação, vocês destacaram o Anonymous como ameaça ao ‘governo e ao povo’. Vocês também alegaram que sigilo é ‘um mal necessário’ e que transparência nem sempre é o caminho certo a seguir.
O Anonymous gostaria de lembrá-los que o governo e o povo são, ao contrário do que dizem os supostos fundamentos da ‘democracia’, entidades distintas com objetivos e desejos conflitantes, às vezes. A posição do Anonymous é a de que, quando há um conflito de interesses entre o governo e as pessoas, é a vontade do povo que deve prevalecer. A única ameaça que a transparência oferece aos governos é a ameaça da capacidade de os governos agirem de uma forma que as pessoas discordariam, sem ter que arcar com as consequências democráticas e a responsabilização por tal comportamento.
Seu próprio relatório cita um perfeito exemplo disso, o ataque do Anonymous à HBGary (empresa de tecnologia ligada ao governo norte-americano). Se a HBGary estava agindo em nome da segurança ou do ganho militar é irrelevante – suas ações foram ilegais e moralmente repreensíveis. O Anonymous não aceita que o governo e/ou os militares tenham o direito de estar acima da lei e de usar o falso clichê da ‘segurança nacional’ para justificar atividades ilegais e enganosas. Se o governo deve quebrar as leis, ele deve também estar disposto a aceitar as consequências democráticas disso nas urnas. Nós não aceitamos o atual status quo em que um governo pode contar uma história para o povo e outra em particular. Desonestidade e sigilo comprometem completamente o conceito de auto governo. Como as pessoas podem julgar em quem votar se elas não estiverem completamente conscientes de quais políticas os políticos estão realmente seguindo?
Quando um governo é eleito, ele se diz ‘representante’ da nação que governa. Isso significa, essencialmente, que as ações de um governo não são as ações das pessoas do governo, mas que são ações tomadas em nome de cada cidadão daquele país. É inaceitável uma situação em que as pessoas estão, em muitos casos, totalmente não cientes do que está sendo dito e feito em seu nome – por trás de portas fechadas.
Anonymous e Wikileaks são entidades distintas. As ações do Anonymous não tiveram ajuda nem foram requisitadas pelo WikiLeaks. No entanto, Anonymous e WikiLeaks compartilham um atributo comum: eles não são uma ameaça a organização alguma – a menos que tal organização esteja fazendo alguma coisa errada e tentando fugir dela.
Nós não desejamos ameaçar o jeito de viver de ninguém. Nós não desejamos ditar nada a ninguém. Nós não desejamos aterrorizar qualquer nação.
Nós apenas queremos tirar o poder investido e dá-lo de volta ao povo – que, em uma democracia, nunca deveria ter perdido isso, em primeiro lugar.
O governo faz a lei. Isso não dá a eles o direito de violá-las. Se o governo não estava fazendo nada clandestinamente ou ilegal, não haveria nada ‘embaraçoso’ sobre as revelações do WikiLeaks, nem deveria haver um escândalo vindo da HBGary. Os escândalos resultantes não foram um resultado das revelações do Anonymous ou do WikiLeaks, eles foram um resultado do conteúdo dessas revelações. E a responsabilidade pelo conteúdo deve recair somente na porta dos políticos que, como qualquer entidade corrupta, ingenuinamente acreditam que estão acima da lei e que não seriam pegos.
Muitos comentários do governo e das empresas estão sendo dedicados a “como eles podem evitar tais vazamentos no futuro”. Tais recomendações vão desde melhorar a segurança, até baixar os níveis de autorização de acesso a informações; desde de penas mais duras para os denunciantes, até a censura à imprensa.
Nossa mensagem é simples: não mintam para o povo e vocês não terão que se preocupar sobre suas mentiras serem expostas. Não façam acordos corruptos que vocês não terão que se preocupar sobre sua corrupção sendo desnudada. Não violem as regras e vocês não terão que se preocupar com os apuros que enfrentarão por causa disso.
Não tentem consertar suas duas caras escondendo uma delas. Em vez disso, tentem ter só um rosto – um honesto, aberto e democrático.
Vocês sabem que vocês não nos temem porque somos uma ameaça para a sociedade. Vocês nos temem porque nós somos uma ameaça à hierarquia estabelecida. O Anonymous vem provando nos últimos que uma hierarquia não é necessária para se atingir o progresso – talvez o que vocês realmente temam em nós seja a percepção de sua própria irrelevância em uma era em que a dependência em vocês foi superada. Seu verdadeiro terror não está em um coletivo de ativistas, mas no fato de que vocês e tudo aquilo que vocês defendem, pelas mudanças e pelo avanço da tecnologia, são, agora, necessidades excedentes.
Finalmente, não cometam o erro de desafiar o Anonymous. Não cometam o erro de acreditar que vocês podem cortar a cabeça de uma cobra decapitada. Se você corta uma cabeça da Hidra, dez outras cabeças irão crescer em seu lugar. Se você cortar um Anon, dez outros irão se juntar a nós por pura raiva de vocês atropelarem que se coloca contra vocês.
Sua única chance de enfrentar o movimento que une todos nós é aceitá-lo. Esse não é mais o seu mundo. É nosso mundo – o mundo do povo.
Somos o Anonymous.
Somos uma legião.
Não perdoamos.
Não esquecemos.
Esperem por nós…”
O Anonymous gostaria de lembrá-los que o governo e o povo são, ao contrário do que dizem os supostos fundamentos da ‘democracia’, entidades distintas com objetivos e desejos conflitantes, às vezes. A posição do Anonymous é a de que, quando há um conflito de interesses entre o governo e as pessoas, é a vontade do povo que deve prevalecer. A única ameaça que a transparência oferece aos governos é a ameaça da capacidade de os governos agirem de uma forma que as pessoas discordariam, sem ter que arcar com as consequências democráticas e a responsabilização por tal comportamento.
Seu próprio relatório cita um perfeito exemplo disso, o ataque do Anonymous à HBGary (empresa de tecnologia ligada ao governo norte-americano). Se a HBGary estava agindo em nome da segurança ou do ganho militar é irrelevante – suas ações foram ilegais e moralmente repreensíveis. O Anonymous não aceita que o governo e/ou os militares tenham o direito de estar acima da lei e de usar o falso clichê da ‘segurança nacional’ para justificar atividades ilegais e enganosas. Se o governo deve quebrar as leis, ele deve também estar disposto a aceitar as consequências democráticas disso nas urnas. Nós não aceitamos o atual status quo em que um governo pode contar uma história para o povo e outra em particular. Desonestidade e sigilo comprometem completamente o conceito de auto governo. Como as pessoas podem julgar em quem votar se elas não estiverem completamente conscientes de quais políticas os políticos estão realmente seguindo?
Quando um governo é eleito, ele se diz ‘representante’ da nação que governa. Isso significa, essencialmente, que as ações de um governo não são as ações das pessoas do governo, mas que são ações tomadas em nome de cada cidadão daquele país. É inaceitável uma situação em que as pessoas estão, em muitos casos, totalmente não cientes do que está sendo dito e feito em seu nome – por trás de portas fechadas.
Anonymous e Wikileaks são entidades distintas. As ações do Anonymous não tiveram ajuda nem foram requisitadas pelo WikiLeaks. No entanto, Anonymous e WikiLeaks compartilham um atributo comum: eles não são uma ameaça a organização alguma – a menos que tal organização esteja fazendo alguma coisa errada e tentando fugir dela.
Nós não desejamos ameaçar o jeito de viver de ninguém. Nós não desejamos ditar nada a ninguém. Nós não desejamos aterrorizar qualquer nação.
Nós apenas queremos tirar o poder investido e dá-lo de volta ao povo – que, em uma democracia, nunca deveria ter perdido isso, em primeiro lugar.
O governo faz a lei. Isso não dá a eles o direito de violá-las. Se o governo não estava fazendo nada clandestinamente ou ilegal, não haveria nada ‘embaraçoso’ sobre as revelações do WikiLeaks, nem deveria haver um escândalo vindo da HBGary. Os escândalos resultantes não foram um resultado das revelações do Anonymous ou do WikiLeaks, eles foram um resultado do conteúdo dessas revelações. E a responsabilidade pelo conteúdo deve recair somente na porta dos políticos que, como qualquer entidade corrupta, ingenuinamente acreditam que estão acima da lei e que não seriam pegos.
Muitos comentários do governo e das empresas estão sendo dedicados a “como eles podem evitar tais vazamentos no futuro”. Tais recomendações vão desde melhorar a segurança, até baixar os níveis de autorização de acesso a informações; desde de penas mais duras para os denunciantes, até a censura à imprensa.
Nossa mensagem é simples: não mintam para o povo e vocês não terão que se preocupar sobre suas mentiras serem expostas. Não façam acordos corruptos que vocês não terão que se preocupar sobre sua corrupção sendo desnudada. Não violem as regras e vocês não terão que se preocupar com os apuros que enfrentarão por causa disso.
Não tentem consertar suas duas caras escondendo uma delas. Em vez disso, tentem ter só um rosto – um honesto, aberto e democrático.
Vocês sabem que vocês não nos temem porque somos uma ameaça para a sociedade. Vocês nos temem porque nós somos uma ameaça à hierarquia estabelecida. O Anonymous vem provando nos últimos que uma hierarquia não é necessária para se atingir o progresso – talvez o que vocês realmente temam em nós seja a percepção de sua própria irrelevância em uma era em que a dependência em vocês foi superada. Seu verdadeiro terror não está em um coletivo de ativistas, mas no fato de que vocês e tudo aquilo que vocês defendem, pelas mudanças e pelo avanço da tecnologia, são, agora, necessidades excedentes.
Finalmente, não cometam o erro de desafiar o Anonymous. Não cometam o erro de acreditar que vocês podem cortar a cabeça de uma cobra decapitada. Se você corta uma cabeça da Hidra, dez outras cabeças irão crescer em seu lugar. Se você cortar um Anon, dez outros irão se juntar a nós por pura raiva de vocês atropelarem que se coloca contra vocês.
Sua única chance de enfrentar o movimento que une todos nós é aceitá-lo. Esse não é mais o seu mundo. É nosso mundo – o mundo do povo.
Somos o Anonymous.
Somos uma legião.
Não perdoamos.
Não esquecemos.
Esperem por nós…”
Juan, 11 anos, assassinado pela polícia
Cadê a revolta dos políticos ? Cadê a comoção e o pedido de revisão de leis ? Cadê os culpados ? A mídia histérica não se manifesta ? Os âncoras dos jornais em horário nobre não fazem cara de indignados ?
Fosse Juan branco, classe média, haveria cobertura da mídia 24 horas por dia, com simulação em vídeo, juristas especulando, especialistas, apresentadoras histéricas pedindo justiça.
A família perdeu o filho, perdeu a casa, seus direitos, sua identidade pois estão no programa de proteção a testemunhas e os assassinos reincidentes andam pelas ruas a espreita da próxima vítima.
A Bahia e o Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas
Aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de junho de 2011, o II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, realizado em Brasília com a presença de blogueiros e ativistas digitais de todo o país. O evento contou com a participação do ex-presidente Lula, do atual ministro das comunicações Paulo Bernardo, também do governador do DF, Agnelo Queiroz, além dos deputados Emiliano José, Luiza Erundina, entre outros.
O encontro foi antecedido de mobilização de 14 encontros estaduais que somadas registraram 1.800 inscritos. Estes números mostram um movimento muito bem destacado pelo deputado federal e membro da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, Emiliano José, em discurso na Câmara, no dia 14 de junho.
“Este é o mais importante movimento social que ocorre no país, na atual conjuntura, porque reúne, além de intelectuais e parlamentares, milhares de ativistas digitais em defesa da liberdade de expressão, de uma Internet livre, de uma banda larga neutra, ampla, barata, independente, acessível à totalidade da população brasileira”.
Mais importante ainda porque, como disse no encontro de blogueiros a coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, deputada Luiza Erundina, somente através da democratização dos meios de comunicação será possível fazer as reformas necessárias para a real democratização do Brasil.
A Bahia que foi pioneira ao realizar a primeira conferência estadual de comunicação do país e na aprovação do Conselho de Comunicação Social realizou também seu “blogprog”, com participação de mais de 140 participantes. Além disso, a comissão que organizou o encontro na Bahia, defendeu no encontro nacional a candidatura para o próximo encontro acontecer na capital baiana. A proposta foi aprovada na plenária final por unanimidade e em maio 2012, Salvador sediará 3º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas.
Daqui até lá muitos embates acontecerão como o debate sobre banda larga (PNBL) e o marco regulatório. Este novo movimento crescerá ainda mais consolidando a luta do direito a comunicação e a Bahia com sua rede de militantes digitais com certeza estará pautando essa luta frente à sociedade.
Que venha 2012 e o 3º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas na capital baiana!
O encontro foi antecedido de mobilização de 14 encontros estaduais que somadas registraram 1.800 inscritos. Estes números mostram um movimento muito bem destacado pelo deputado federal e membro da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, Emiliano José, em discurso na Câmara, no dia 14 de junho.
“Este é o mais importante movimento social que ocorre no país, na atual conjuntura, porque reúne, além de intelectuais e parlamentares, milhares de ativistas digitais em defesa da liberdade de expressão, de uma Internet livre, de uma banda larga neutra, ampla, barata, independente, acessível à totalidade da população brasileira”.
Mais importante ainda porque, como disse no encontro de blogueiros a coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, deputada Luiza Erundina, somente através da democratização dos meios de comunicação será possível fazer as reformas necessárias para a real democratização do Brasil.
A Bahia que foi pioneira ao realizar a primeira conferência estadual de comunicação do país e na aprovação do Conselho de Comunicação Social realizou também seu “blogprog”, com participação de mais de 140 participantes. Além disso, a comissão que organizou o encontro na Bahia, defendeu no encontro nacional a candidatura para o próximo encontro acontecer na capital baiana. A proposta foi aprovada na plenária final por unanimidade e em maio 2012, Salvador sediará 3º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas.
Daqui até lá muitos embates acontecerão como o debate sobre banda larga (PNBL) e o marco regulatório. Este novo movimento crescerá ainda mais consolidando a luta do direito a comunicação e a Bahia com sua rede de militantes digitais com certeza estará pautando essa luta frente à sociedade.
Que venha 2012 e o 3º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas na capital baiana!
Os 3 que o Diabo fez
por Luiz Carlos Azenha
Foi todo mundo a Minas Gerais tirar uma casquinha do defunto.
É sempre bom se associar a um político que não roubou e que, mal ou bem, defendeu os interesses do país.
Itamar Franco, candidato a governador, derrotou o pai de todos os mensalões, Eduardo Azeredo, e impediu a planejada privatização de Furnas ameaçando usar a PM mineira…
O que transforma a foto abaixo num registro histórico de hipocrisia funeral:
Por isso é importante relembrar, sempre, o dia em que o governo FHC tentou dar o controle de um pedacinho do Brasil aos Estados Unidos, de papel passado e tudo, contrato assinado, aliás, pelo embaixador Ronaldo Sardenberg, que hoje nos honra na presidência da Anatel:
Não menos importante é convidar os mais jovens a testemunhar o “pecado capital”, que foi a privatização da Vale do Rio Doce a preço de banana, um verdadeiro crime contra o patrimônio público:
Palestina é aqui !
VERGONHA !
Terminou em violência uma operação policial para cumprir uma ordem judicial de reintegração de posse em uma favela, nesta terça-feira, no bairro Jardim Aeroporto em Ribeirão Preto (SP). Os mais de 700 moradores da área, que pertence a uma empresa privada, resistiram a ação, ao exigir que a Prefeitura providencie moradias adequadas. A Polícia Militar (PM) usou armas com balas de borracha, bombas de efeito moral, e cães treinados, além de um helicóptero.
A PM nega que haja feridos, ( se negam o que está registrado em vídeos, dá para perceber como funciona a PM no Brasil ) mas os sem-teto relataram a veículos de comunicação da cidade que pelo menos nove pessoas sofreram lesões durante a ação. A área começou a ser invadida em fevereiro deste ano. Parte dos moradores pertence a outras regiões que já foram desocupadas.
Segundo a PM, todas as casas estão sendo demolidas. Até às 14h45, alguns moradores ainda resistiam, mas a maioria, acuada pelas balas de borracha e os cães, deixou o local. Uma manifestação em frente à Prefeitura de Ribeirão Preto poderá ocorrer ainda hoje.
A polícia informou que não há autoridades do município no local onde ocorre a operação. Alguns moradores protestaram pelo fato de não terem tido a oportunidade de retirar móveis e objetos pessoais de dentro das residências.
Internet no celular: mais fácil e barato
Estou satisfeita com meu celular com internet ! |
Acho que é por aqui mesmo. Com R$ 240,00 da compra do aparelho e mais R$ 15,00 por mês é possível ter acesso a internet. Simples, fácil, mais barato e de fácil acesso. O governo ainda pode contribuir isentando aparelhos dos impostos, mesmo que seja o modelo mais simples.
JULIANA LISBOA
Democratizar o acesso à internet por meio do telefone celular é o que pretende o movimento Letsfree, formado por um grupo de brasileiros. A ideia é facilitar a inclusão digital de todos - em todo o mundo - por meio da telefonia móvel. "Hoje é muito mais evidente a exclusão digital do que a inclusão", afirma o especialista em telecomunicações e tecnologia da informação Andreas Blazoudakis, que vê o celular como "um grande aliado no combate à exclusão digital", uma vez que o acesso a esses equipamento está disseminado ao redor do mundo - no Brasil, por exemplo, o número de aparelhos em uso já supera o de habitantes.
"Gratuidade ao usuário, simplicidade no uso e sem a necessidade de instalar nada no telefone", essas são as bases do Letsfree de acordo com Blazoudakis, um dos entusiastas do projeto. De acordo com ele, o principal motivo para a escolha do celular foi a mobilidade e ainda a duração da bateria, maior se comparada à de um notebook. "Outro ponto é que no mercado de smartphones começamos a ver uma pequena convergência de tecnologias, todos vão numa direção bem parecida. No passado, a vida dos desenvolvedores era um inferno, hoje basta desenvolver pra iPhone e Android que já dá pra sonhar com uma grande repercussão para uma aplicação", explica.
O grupo implantou 200 pontos de acesso à internet em lanhouses da periferia de algumas cidades do Brasil, como o Rio de Janeiro, até março de 2010. O projeto doou para os estabelecimentos antenas Bluetooth que permitem a usuários conectarem-se à rede através do celular. Segundo Blazoudakis, cada antena custa R$ 20 e tem um alcance de 50 a 100 m, o que permite o acesso de, em média, mil pessoas.
Elas também possibilitam que o conteúdo que é armazenado nos celulares - e produzidos pelos usuários, como fotos, por exemplo - , seja compartilhado e postado em redes sociais. Para Blazoudakis, o computador não basta para a inclusão digital. "Muita gente fica de fora. Com o celular, a integração é mais eficaz e mais barata."
Viagem
No mesmo ano, o grupo de pesquisadores saiu em uma viagem a bordo de um barco tecnológico que estimula e torna possível que todos possam se conectar à internet, livre de custo, usando seus telefones celulares. A ideia era "clamar por soluções mais baratas". Até 2008 Blazoudakis presidia uma empresa que tinha atingido cerca de 5 milhões de assinantes pagantes de serviços de celular, que haviam aceitado pagar R$ 4,99 por semana. "Seriam quase R$ 25 milhões de faturamento por semana não fosse o fato de que cerca de 95% dos assinantes nunca tinha crédito. Notei que alguma coisa estava errada, e passei a focar meus estudos para esses 95% de usuários que não têm crédito, e que ninguém dá bola. Parti de duas premissas básica: de procurar soluções simples, e de graça para o usuário. Por isso, mesmo sendo o fundador e presidente da empresa, fui estudar esse comportamento na Europa, morando num veleiro high-tech por um ano, entre França, Espanha, Gibraltar, Italia, Grécia e Turquia."
A proposta, segundo ele, era ver como os supostos países ricos se comportariam frente ao lema carregado pelo veleiro: "Letsfree, vamos libertar o conteúdo da internet no celular". O barco era equipado com quatro a seis computadores disponíveis para a interação do público, além de uma antena Bluetooth e uma série de outros equipamentos tecnológicos.
De volta ao País em novembro de 2010, Blazoudakis passou a trazer essa experiencia no convivio com os europeu para o Brasil, onde a aceitação é mais fácil. "Foi bem difícil chegar numa universidade da Turquia com camisetas estampando 'Letsfree'", conta.
Somar conteúdo da internet a celulares daria condições, conforme Blazoudakis, de criar serviços geolocalizados, "fazendo com que o cidadão tenha acesso a serviços mais inteligentes e de maior relevância naquele local". O ativista tecnológico diz que tem estudado uma maneira de disponibilizar serviços inteligentes e geolocalizados mesmo que o usuário esteja "offline", ou sem cédito, já que é "somente assim conseguiremos massificar este tipo de serviço. Quero ajudar os 95% dos usuários que não têm condições de pagar nem 50 centavos por dia pra acessar a internet."
Hoje já são mais de 4 mil pontos de acesso, entre lanhouses e estabelecimentos comerciais, em todo o Brasil, que receberam a doação de uma antena Bluetooth pelo Letsfree.
O clero é esclerosado... e ávido por poder e dinheiro
"Fé pessoal e religião pública são coisas completamente diferentes. Quando a religião se torna pública, ela deixa de ser espiritual e passa a ser política, Geralmente usando o ingresso da hipocrisia moral. E porque ela alega autoridade divina, exigindo submissão incondicional e obediência além dos limites da razão, ela despreza a democracia da mesma forma que despreza mulheres e os homossexuais"
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Índios reivindicam projetos contra o infanticídio indígena e a favor da educação.
"Toda vez em reunião aqui a gente está se preocupando mais com os outros de fora. Nosso rio, nossa madeira, nosso minério, nosso...todas essas coisas a gente está se preocupando na reunião. Sempre tá falando, né. Agora, as nossas crianças não ! Como se a gente não estivesse dando, não estivesse valorizando nossas crianças."/ Aritana Yawalapiti-Cacique
"sem crianças nós não temos vida. Sem crianças nós não somos alegres. Se a gente continuar praticando isso, a tendência é aquele grupo acabar." /Paye Kaiabi-líder indígena
"Se índio não estudar, serão sempre considerados como crianças, sem poder de decisão"
Mais de 24 mil escolas no campo brasileiro foram fechadas no meio rural desde 2002.
Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST
Mais de 24 mil escolas no campo brasileiro foram fechadas no meio rural desde 2002. O fechamento dessas escolas demonstra o drástico problema na vida educacional no Brasil, especialmente no meio rural.
Após décadas de lutas por conquistas no âmbito educacional, cujas reivindicações foram atendidas em parte - o que permitiu a consolidação da pauta – o fechamento das escolas vão no sentido contrário do que parecia cristalizado.
Nesse quadro, o MST lançou a Campanha Nacional contra o Fechamento de Escolas do Campo, que pretende fazer o debate sobre a educação do campo com o conjunto da sociedade, articular diversos setores contra esses retrocessos e denunciar a continuidade dessa política.
“O fechamento das escolas no campo nos remete a olhar com profundidade que o que está em jogo é algo maior, relacionado às disputas de projetos de campo. Os governos têm demonstrado cada vez mais a clara opção pela agricultura de negócio – o agronegócio – que tem em sua lógica de funcionamento pensar num campo sem gente e, por conseguinte, um campo sem cultura e sem escola”, afirma Erivan Hilário, do Setor de Educação do MST.
De acordo com o Censo Escolar do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, existiam 107.432 escolas em 2002. Em 2009, o número de estabelecimentos de ensino reduziu para 83.036, significando o fechamento 24.396 estabelecimentos de ensino, sendo 22.179 escolas municipais.
Essas escolas foram fechadas por estados e municípios, mas o Ministério da Educação também tem responsabilidade. "Não se tem, por exemplo, critérios claros que determine o fechamento de escolas, que explicitem os motivos pelos quais se fecham, ou em que medida se pode ou não fechar uma escola no campo", aponta Erivan.
Ele apresenta um panorama do atual momento pelo qual passa a educação do campo, apontando desafios, lutas e propostas. Abaixo, leia a entrevista.
Como se encontra a educação no campo brasileiro, de um modo geral?
Vive momentos bastantes contraditórios. Se por um lado, na última década, avançou do ponto de vista de algumas conquistas e iniciativas significativas no campo educacional, como no caso da legislação e das políticas públicas – a exemplo das diretrizes operacionais para educação básica nas escolas do campo, aprovada em 2002, e tantas outras resoluções do conselho nacional, como o custo aluno diferenciado para o campo e as licenciaturas em Educação do Campo - por outro percebemos que os fechamentos das escolas no campo caminham na contramão desses avanços, conforme demonstram vários dados das próprias instituições do governo.
Desde 2002 até 2009, foram fechadas mais de 24 mil escolas no campo. Com isso, voltamos ao início da construção do que hoje chamamos de Educação do Campo, que foi a luta dos movimentos sociais organizados no campo, mais particularmente, o MST, contra a política neoliberal de fechamento das escolas.
A que se deve o fechamento das escolas no campo?
O fechamento das escolas no campo nos remete a olhar com profundidade que o que está em jogo é algo maior, relacionado às disputas de projetos de campo. Os governos têm demonstrado cada vez mais a clara opção pela agricultura de negócio – o agronegócio – que tem em sua lógica de funcionamento pensar num campo sem gente e, por conseguinte, um campo sem cultura e sem escola.
Nesse sentido, os camponeses e os pequenos agricultores têm resistido contra esse modelo que concentra cada vez mais terras e riqueza, com base na produção que tem como finalidade o lucro. Nessa lógica, os camponeses são considerados como “atraso”. Por isso, lutar contra o fechamento das escolas tem se constituído como expressão de luta dos camponeses, de comunidades contra a lógica desse modelo capitalista neoliberal para o campo.
Quais os objetivos da Campanha Nacional contra os Fechamentos das Escolas do Campo?
O primeiro grande objetivo é fazermos um amplo debate com a sociedade, tendo em vista a educação como um direito elementar, consolidado, na perspectiva de que todos possam ter acesso. O que precisamos fazer é justamente frear esse movimento que tem acontecido, do fechamento das escolas do campo, sobretudo no âmbito dos municípios e dos estados.
Pensar isso significa garantir esse direito tão consolidado no imaginário social, como uma conquista social à educação, garantir que as crianças e os jovens possam se apropriar do conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, que esse conhecimento esteja vinculado com sua prática social e que, sobretudo, esse conhecimento seja um mecanismo de transformação da vida, de transformação para que ela seja cada vez mais plena, cada vez mais solidária e humana.
Colado a isso, temos que fazer esse debate da educação como um direito básico, e que nós não podemos - do ponto de vista da sociedade - dar passos para trás nesse sentido, ao negar esse direito historicamente consolidado.
A educação do campo nasce como uma crítica a situação da educação brasileira no campo. E essa situação na época revelava justamente o fechamento das escolas no campo e o deslocamento das crianças, de jovens e de adultos do campo para a cidade.
Qual o significado do fechamento dessas escolas?
Passado mais de 12 anos do que chamamos de educação do campo, dentro dessa articulação que foi surgindo pela garantia de direitos, de crítica à situação do campo brasileiro, vemos esse movimento na contramão, mesmo já tendo conquistado várias políticas públicas no âmbito educacional. É preciso que não percamos de vista essa luta pela educação no campo. Essa luta passa, essencialmente, pela defesa de melhores condições de trabalho, das condições das estruturas físicas das escolas e pela conquista de mais escolas para atender a grande demanda do campo brasileiro.
A região Nordeste representou mais da metade do total de estabelecimentos fechado nos últimos anos. Por quê?
No Nordeste é onde ainda está concentrada a maior parte da população no campo. Por isso, é maior o impacto nessa região. A exemplo, a maioria das famílias em projetos de assentamentos de Reforma Agrária estão no Nordeste. É onde se fecha mais escola e continua sendo uma região que apresenta baixos níveis de escolaridade da população no quadro geral brasileiro.
A educação é um direito básico que está consolidado no imaginário popular como conquista dos movimentos sociais, da população brasileira, mas tem sido negado. Isso configura um retrocesso histórico em meio aos avanços tidos no âmbito educacional, a exemplo das resoluções do Conselho Nacional de Educação, que assegura que os anos iniciais do ensino fundamental sejam ofertados nas comunidades.
No caso dos anos finais, caso as crianças e jovens tenham que se deslocar, que consigam ir para outras comunidades no próprio campo - o que chamam de intra-campo -, mas somente após uma ampla consulta e debate com os movimentos sociais e as comunidades.
Como trabalhar essa questão nacionalmente tendo em vista que a maioria das escolas que foram fechadas é de responsabilidade dos municípios?
Os dados de fato apontam que são os estados e os municípios que tem fechado. Não poderia ser diferente, já que são estes entes federados que ofertam de maneira geral a educação básica nesse país, cada qual assumindo suas responsabilidades.
Em geral, os municípios têm assumido a educação infantil e o ensino fundamental, e tem ficado cada vez mais para os estados a responsabilidade sobre o ensino médio. O Ministério da Educação tem também responsabilidade pelo fechamento dessas escolas, até porque estamos falando de um espaço de Estado que é a expressão máxima de instituição responsável pela educação no país.
Não se tem, por exemplo, critérios claros que determine o fechamento de escolas, que explicitem os motivos pelos quais se fecham, ou em que medida se pode ou não fechar uma escola no campo.
A escola em um determinado município faz parte de uma rede maior que são as escolas públicas brasileiras. É nessa visão de país que temos que pensar. É preciso garantir que a população do campo tenha acesso ao conhecimento elaborado e que este acesso seja possível no território em que eles vivem.
De qual maneira a luta pela Reforma Agrária se alinha com a luta pela educação?
Quando falamos de luta pela Reforma Agrária, estamos nos referindo a uma luta pela conquista de direitos como o da terra e as condições necessárias para trabalhar e viver, como o direito à educação. Com isso, vinculamos permanentemente à questão do processo educacional à Reforma Agrária, pois pensar um projeto de campo e de país, fundamentalmente, passa também por pensar um projeto de educação.
A história do nosso movimento demonstra que é necessário fazer a luta pela terra paralelamente à luta por outros direitos, como educação, cultura, comunicação. Viver no campo é exigir cada vez mais conhecimento – saber elaborado – para poder viver bem e melhor, cuidando da terra e da natureza e cultivando alimentos saudáveis para toda a sociedade brasileira.
Quais são as propostas do MST para a educação do campo?
Primeiro, que o direito à educação deixe de ser apenas um direito formal, que seja direito real das pessoas que vivem no campo, no sentido de terem em seus territórios acesso à educação e à escola tão necessária e importante como para os que vivem na cidade.
O acesso ao conhecimento não deve ser moeda de troca, em que os que necessitam tenham que comprar, algo tão fortemente presenciado na educação privada. Que possamos seguir lutando para que nenhuma outra escola seja fechada no campo ou na cidade. Temos que seguir lutando cada vez mais para garantir na realidade questões como a ampliação e construção de mais escolas no campo; com acesso a toda educação básica e suas modalidades de ensino; acesso à ciência e à tecnologia, vinculados aos processos de produção da vida social no campo e seus diversos territórios camponeses, de pequenos agricultores.
Além disso, lutamos para assegurar a formação inicial e continuada dos educadores nas diversas áreas do conhecimento para atuação na educação básica, uma vez que são mais de 200 mil educadores no campo sem formação superior; garantir educação profissional técnica de nível e superior; e que se efetive uma política pública com a participação efetiva das comunidades camponesas, dos movimentos sociais do campo.
Qual a importância de que essas escolas sejam voltadas para o campo? Ou seja, que sejam escolas do campo?
Estamos falando de um princípio básico que é da produção da existência dos sujeitos do campo. Os camponeses, os trabalhadores rurais, produzem resistência nesse espaço, nesse território. Portanto, o processo educacional que defendemos é que, além de acessar uma base comum do ponto de vista do conhecimento, precisamos que as escolas que estejam situadas no campo possam incorporar dimensões importantes da vida dos camponeses. Da dimensão do trabalho, da cultura e, fundamentalmente, da dimensão da luta social - algo que é constante no campo brasileiro. Nas últimas décadas, vivemos com o avanço do agronegócio, do capital no campo, que tem se intensificado cada vez mais e tem expulsado os trabalhadores e trabalhadores que ali vivem. Há uma resistência no campo, são os trabalhadores, as comunidades camponesas lutando contra esse modelo. E a escola, de certa maneira, precisa incorporar na organização de seu trabalho pedagógico essas tensões e contradições que constituem a realidade no campo brasileiro.
E quais são os impactos e consequências que as crianças do campo sofrem ao irem estudar nas cidades?
São vários. Mas gostaria de destacar um dos principais impactos que é do ponto de vista da subjetividade. As crianças e jovens que se deslocam diariamente para estudar na cidade sofrem com o preconceito e a discriminação pelo fato de serem do campo. A cultura urbana se coloca como superior a do campo, e essa hierarquização acaba tendo impactos direto nos processos educacionais. E não poderia ser diferente. Uma vez que a cidade está colocada como sinônimo de modernidade, o campo é visto ainda como sinônimo de atraso, mesmo sendo os trabalhadores rurais responsáveis por colocar mais de 70% dos alimentos em nossa mesa. Por experiência própria, quando fiz uma das séries do ensino fundamental em uma escola da cidade, eu e os outros colegas do assentamentos éramos tratados como “inferiores”, “os coitadinhos”, quer seja pelos colegas de sala ou pelos próprios professores que não tinham formação suficiente para lidar com essas realidades. Tais posturas levam as crianças e jovens a terem vergonha de suas origens, de suas raízes, de ser o que é e passa a fortalecer uma ideia de inferioridade, levando a muitos casos de desistência da escola, e consequentemente, desiste do sonho de continuar estudando. Por isso que a luta contra o fechamento e por construção de escola no campo tem o sentido de poder tornar real o sonho de milhares de crianças e jovens de continuar estudando.
Aécio Neves
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