Meu primeiro, primeiríssimo voto foi de Brizola. Tinha eu 16 anos e me incendiava ver a eloquência de Brizola atirando contra Collor na primeira eleição do Brasil depois de 21 anos de ditadura. Gostava dele e do Lula mas optei por Brizola por acha-lo com mais potencial para derrubar Collor, um playboy limpinho, engomadinho e cheiroso que a Globo se desmanchava em elogios. Pra mim, adolescente, Collor não passava de um playboy fanfarrão, indigno de confiança e de se sentar a cadeira de Presidente da República, conquistada com muito sangue e lágrima de brasileiros e brasileiras. Me lembro da indignação que sentia ao ver as pessoas apoiarem aquele homem que me parecia tão frívolo, tão cheio de boas intenções mas que não se movera durante a ditadura para combate-la. Eu, menina de 16 anos já conseguia perceber o cheiro de inconsistência e oportunismo.
Brizola era um patriota
"Quem ideologisa o problema das transformações no campo dizendo: é agitação, é pressão política, é comunismo, isto aí são as classes previlegiadas" Leonel Brizola
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